(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)
Os
equipamentos eletrônicos saem de fábrica cada vez com mais tecnologias
embarcadas e novas funções. Se por um lado tal avanço promove melhorias
em nossa rotina, em outro viés ele acaba diminuindo a autonomia das
baterias — o que pode ser observado com maior facilidade em smartphones e
tablets.
Assim, as fontes de energia dos nossos aparelhos necessitam ter mais
potencial energético a cada geração lançada. O principal indicador disso
é o aumento da sua amperagem, o qual é informado pela notação
mAh — como você já deve ter percebido nas especificações de qualquer dispositivo.
Mas você sabe o que significa essa subunidade de medida e como é
feito o cálculo para estabelecer a vida útil de uma bateria? Se a sua
resposta foi “não” para essas perguntas, não deixe de ler o restante
deste artigo.
O conceito
O mAh é a abreviatura usada como padrão para o miliampere-hora, uma
subunidade de medida (advinda do ampere-hora, ou simplesmente Ah) usada
para identificar a transferência de carga elétrica por meio de uma
corrente estável de um ampere ao longo de uma hora.
É preciso deixar bem claro que essa métrica não mede diretamente a
energia de uma bateria (o que é feito pelas unidades joule ou
watt-hora). A sua proposta é estabelecer e informar o tempo de duração
da bateria. Assim, em teoria, quanto maior o miliampere-hora indicado na
bateria, mais longo é o período que o seu smartphone ou tablet pode
ficar desconectado da tomada.
(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)
A fórmula mágica
Existe uma fórmula usada geralmente por estudantes e profissionais de
engenharia elétrica com a qual é possível determinar o tempo de duração
de uma bateria. A conta é relativamente simples: você deve dividir a
capacidade da bateria (em miliampere-hora) pelo valor de consumo do
dispositivo (também em miliampere-hora).
Para exemplificar, suponhamos que o seu celular tenha um consumo em
situação normal de 50 mAh e ele seja alimentado por uma bateria de 1.650
mAh. Assim temos:
Obviamente, o resultado alcançado é estimado, pois para ser preciso a
bateria deveria ser nova em folha e estar plenamente carregada, além de
o eletrônico manter um consumo fixo — o que dificilmente acontece, já
que quando fazemos uma ligação, assistimos a um vídeo ou jogamos um game
existe um aumento da exigência da bateria. Além disso, outras variáveis
podem influenciar nesse consumo, incluindo a temperatura.
Há algumas adaptações que tentam aproximar essa fórmula da realidade,
como reduzir 15% do valor obtido. Se você está com preguiça de efetuar
qualquer cálculo, é possível encontrar uma infinidade de serviços online
que fazem a conta automaticamente para você, como o mAh Battery Life Calculator.
Os diferentes tipos de bateria
Em algum momento, embora possa não ter percebido, você deve ter visto
a indicação do tipo de bateria usada no seu celular, smartphone ou
tablet. A tecnologia empregada na fabricação da bateria também pode
apresentar desempenho diferente ao longo do seu descarregamento.
Níquel-cádmio (NiCd): as baterias de níquel-cádmio
foram as primeiras que puderam ser recarregadas. Se comparadas às
baterias de íon-lítio (as mais utilizadas atualmente), esses componentes
eram bem grandes e pesados. Um de seus maiores problemas é o chamado
“efeito memória”, o qual exigia que a carga inteira fosse consumida
antes de ser recarregada para que a bateria não ficasse “viciada”.
Hidreto metálico de níquel (Ni-MH): a substituição
do níquel-cádmio pelo hidreto metálico de níquel promoveu baterias mais
finas e com maior capacidade. Além disso, o “efeito memória” não é tão
presente. As fabricantes normalmente indicam que a bateria seja zerada
com uma determinada periodicidade (que pode variar para cada produto),
mas não sempre que for usada.
(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)
Íon-lítio (Li-Ion): a adoção de um metal ainda mais
leve, o íon-lítio, permitiu o desenvolvimento de baterias menos espessas
e ainda mais leves. Outros pontos positivos dessa tecnologia são um
maior potencial energético e o fato de você poder recarregar as baterias
a qualquer momento, já que elas não ficam “viciadas”. Hoje em dia, esse
é o tipo mais comum de bateria encontrado em dispositivos portáteis.
Polímero de lítio (ou Lítio-polímero): as baterias
de polímero de lítio ainda não se popularizaram, mas elas têm uma
capacidade semelhante às de íon-lítio, com a vantagem de serem mais
baratas. Muitos produtos da Apple e o Kindle, da Amazon, já usufruem
dessa tecnologia há algum tempo.