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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

TV do futuro vai muito além de uma bela imagem




Os avanços da qualidade de imagem dos televisores são surpreendentes. Às vezes, quase não acreditamos no que nossos olhos veem, diante das demonstrações dos novos recursos em fase de lançamento no mercado, como comprovou a última edição da feira Consumer Electronics Show (CES 2012), realizada em Las Vegas, em janeiro. Inovar sempre parece ser a grande estratégia da indústria para superar a crise econômica mundial que se prolonga há mais de três anos. Abaixo, listamos os avanços de maior impacto na imagem daquele que pode ser o seu próximo televisor:

LED orgânico. O maior salto recente na qualidade das imagens são os novos monitores de grandes dimensões de Oled, ou LED orgânico, tecnologia que proporciona imagens mais nítidas, mais brilhantes, mais rápidas do que as de LCD (de Liquid Crystal Display), com maior contraste e um negro profundo incomparável.
Suas telas dispensam luz de fundo (backlight) e reduzem o consumo de energia dos televisores. E mais: o LED orgânico permite a fabricação de telas flexíveis, que viabilizam a TV sobre superfícies curvas.
Os preços dos monitores de Oled de grandes dimensões têm caído de forma dramática nos últimos três anos. O primeiro monitor desse tipo, lançado em 2009 pela fabricante japonesa Sony, tinha apenas 11 polegadas de diagonal e custava US$ 2,5 mil, preço superior ao dos televisores de 42 ou de 50 polegadas de plasma ou cristal líquido (LCD).

Os primeiros televisores de Oled de 55 polegadas foram lançados em janeiro pelas coreanas LG e Samsung. Mas, mesmo com a redução acentuada de preços, eles ainda são caros. Custam de 50% a 60% mais do que as TVs que usam outras tecnologias. Com a evolução da tecnologia e com a maior escala de produção, os preços talvez baixem em poucos anos.
Ultra definição. A tecnologia de TV está criando a Ultra High Definition, também chamada, simplesmente, de Ultra Definition (UD). Suas imagens podem ter até 32 milhões de pixels, ou seja, 16 vezes mais pixels do que a TV de alta definição (HD).

As duas primeiras versões de UD são chamadas de 4K e 8K. E o que significam 4K e 8K? É bom lembrar que as imagens de alta definição são formadas por 2 milhões de pixels, ou 2 megapixels, resultantes da multiplicação do número de pixels verticais pelos número de pixels horizontais (1.080 x 1.920).
Nos novos televisores 4K, tanto o número de pixels, ou de linhas verticais, quanto o das linhas horizontais é dobrado (2.160 x 3.840 pixels), elevando a definição total das imagens para 8 megapixels, ou seja, quatro vezes maior do que a atual HD.

As imagens de UD de 8K, por sua vez, resultam da multiplicação por quatro do número de pixels horizontais e verticais (4.320 x 7.680), o que produz uma impressionante imagem de TV de 32 megapixels, com 16 vezes mais pixels do que a alta definição atual.
O lançamento este ano dos primeiros televisores UD, de 4K e 8K, é fruto da competição mais acirrada que existe entre as coreanas LG e Samsung, de um lado, e entre as japonesas Sony, Panasonic, Sharp e Toshiba, de outro. A Sharp foi ainda mais além e surpreendeu o mercado ao exibir o protótipo do primeiro televisor 8K de LCD do mundo, de 85 polegadas e imagens 3D.
Para quê tanta definição? A primeira grande vantagem das TVs 8K é permitir a ampliação de suas imagens, em monitores ou telões de até 11 metros de diagonal, sem perda de qualidade.
Poucas pessoas, entretanto, percebem o grande salto da ultra definição quando suas imagens são vistas isoladamente ou mesmo lado a lado com as de alta definição convencional. Ambas, UD e HD, parecem igualmente perfeitas.

Tudo muda, entretanto, quando essas imagens são ampliadas e projetadas em telas de 150 ou 200 polegadas. Quando isso ocorre, as imagens de HD convencionais perdem definição e mostram linhas e pontos (pixels), enquanto as imagens UD com 8 ou 32 megapixels permanecem incrivelmente nítidas, com melhor contraste, mais brilho e mais cores.

A UD possibilitará a transformação de nossos home theaters em verdadeiros cinemas digitais domésticos. Mas terá ainda muitas outras aplicações em educação, eventos, treinamento, palestras, conferências, shows e concertos. Ou ainda em aplicações em pesquisa científica ou em medicina, como no caso de ultrassonografias e tomografias computadorizadas, por exemplo, com imagens mais precisas e detalhes relevantes.

E aqui a melhor notícia: uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), liderada pelo professor Marcelo Zuffo, já trabalha em pesquisas em Ultra Definition 4K e 8K. O maior desafio é a obtenção dos recursos para a continuação da pesquisa.3D sem óculos. A maioria das pessoas não gosta de ver televisão tridimensional com óculos especiais. Por isso, a indústria tem investido cada dia mais na criação da chamada glasses-free 3D TV, a televisão 3D que dispensa os óculos especiais.

O primeiro televisor 3D sem óculos foi lançado pela japonesa Toshiba. Com tela de 55 polegadas e imagens 4K autoestereoscópicas, esse televisor só está à venda no Japão, por US$ 11 mil, ou quase R$ 20 mil. Suas imagens são excelentes, mas o aparelho tem um defeito que ainda não foi resolvido: o efeito 3D só é satisfatório quando o telespectador se posiciona bem em frente ao televisor.
Smart TV. O conceito de Smart TV, ou TV inteligente, resulta da convergência entre TV, computador e internet. Com ela, não apenas podemos ver filmes e vídeos do Netflix, da Apple TV e do YouTube com imagens de qualidade superior, mas, também, levar para o televisor doméstico alguns dos melhores serviços de internet, como canais especiais de notícias, de previsão do tempo de âmbito mundial, de esportes, de filmes, de shows e de comércio eletrônico.

O futuro da Smart TV está intimamente ligado ao conceito de casa conectada, com a integração de todos os sistemas de segurança, de controle do ambiente, de comunicação e de entretenimento, via redes de banda larga.

TVs poliglotas. Ainda na linha das Smart TVs, a Samsung anunciou um avanço triplo, que é um televisor que pode ser controlado tanto por comando vocal como pelo reconhecimento de gestos ou pelo reconhecimento facial. Basta dizer ao televisor: "Ligue, desligue, mude de canal, busque tal emissora, mostre minhas gravações", e ele obedecerá a todas as ordens do dono. Ou até piscar um olho. Ou acenar com a mão.

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